as leituras foram verdadeiras companhias para enfrentar tanto os dias mais sombrios quanto aqueles em que estava tudo relativamente bem. alienação, fuga para outras realidades e novas perspectivas: teve de tudo por aqui.
logo em janeiro fiquei vidrada em O Pintassilgo, uma história com tantos acontecimentos e reviravoltas que até hoje sinto falta dos personagens. e também comecei o ano com os ensinamentos de Sheryl Sandberg através das páginas de Faça Acontecer.
sempre tento priorizar a leitura de obras escritas por mulheres, ainda mais se forem contemporâneas, e em 2021 não faltou: Lorena Portela, Aline Bei, Claudia Durastanti, Natalia Ginzburg, Elif Batuman, Fernanda Young, Carla Madeira, Virginia Woolf, Simone de Beauvoir, Donna Tartt, Susan Sontag, Joan Didion, Liliane Prata, Louisa May Alcott, Luli Penna, Luisa Geisler, Michelle Dean. além disso, foi o ano em que me encantei com as poesias de Wislawa Szymborska.
entre os 32 livros vale falar alguns que mais me impactaram, como o As Inseparáveis com a sua história de amizade entre Simone de Beauvoir e sua melhor amiga (com um quê de Amiga Genial da Elena Ferrante), ou ainda A Estrangeira, livro em que conheci uma realidade beem diferente da minha em muitos sentidos.
ler Didion falando seu próprio luto fez com que eu sentisse um quentinho no coração. afinal, cada um que perdeu alguém sabe como isso é difícil. teve também a renomada entrevista da Sontag para a revista Rolling Stones. sério, meu livro está todo marcado com tantas coisas incríveis que ela disse em cada resposta.
os livros Primeiro eu tive que morrer e Pequena coreografia do adeus foram ambos muitos envolventes e que me deixaram com aquela sensação de quando eu crescer quero escrever assim, assim como Tudo é rio. af, só mulher talentosa!
também teve Murakami e Kundera para representarem o sexo masculino. lendo Kafka à beira-mar eu mergulhei num universo meio mágico meio místico, e fiquei com ainda mais vontade de conhecer o Japão.
fechei 2021 com duas grandes leituras: Uma vida pequena (meu deus, quanta tristeza) e Talvez você deva conversar com alguém (realmente é tudo o que dizem de bom e muito mais).
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a lista completa e fora de ordem:
Faça Acontecer - Mulheres, trabalho e a vontade de liderar, de Sheryl Sandberg
A Lógica do Consumo, de Martin Lindstrom
O Pintassilgo, de Donna Tartt
As inseparáveis, de Simone de Beauvoir
Posso pedir perdão, só não posso deixar de pecar, de Fernanda Young
Encontre seu porquê, de Simon Sinek
A Metamorfose, de Franz Kafka
O Poder do Tempo Livre, de Luciano Braga
Susan Sontag - Entrevista completa para a revista Rolling Stone, de Jonathan Cott
Para o meu coração num domingo, de Wislawa Szymborska
O ano do pensamento mágico, de Joan Didion
O mundo que habita em nós - Reflexões filosóficas e literárias para tempos (in)tensos, de Liliane Prata
Mulherzinhas, de Louisa May Alcott
Sem Dó, de Luli Penna
Luzes de emergência se acenderão automaticamente, de Luisa Geisler
A Arte de Sentar, de Thich Nhat Hanh
10% Mais Feliz, de Dan Harris
Sociedade do Cansaço, de Byung-Chul Han
A Arte do Romance, de Milan Kundera
Afiadas - As mulheres que fizeram da opinião uma arte, de Michelle Dean
O sol e o peixe, de Virginia Woolf
Tudo é rio, de Carla Madeira
A idiota, de Elif Batuman
Kafka à beira-mar, de Haruki Murakami
Léxico familiar, de Natalia Ginzburg
A estrangeira, de Claudia Durastanti
Pequena coreografia do adeus, de Aline Bei
Primeiro eu tive que morrer, de Lorena Portela
Poemas, de Wislawa Szymborska
Talvez você deva conversar com alguém - Uma terapeuta, o terapeuta dela e a vida de todos nós, de Lori Gottlieb
Uma vida pequena, de Hanya Yanagihara